Poema
Numa melhor época, aqui vivia o anjinho protetor de meus amores. Ela, rezando nestes corredores, o hábito de iterar meus versos tinha.
Este era seu jardim. Ela aqui vinha, ao despontar a alva, a pegar flores. Baixo este limoeiro, hoje sem verdores, despedimo-nos para sempre, um dia!
Tem passado os anos. Já para seu horto ninguém vem ao despontar a aurora... Desde que ela partiu ficou aqui oco!
Um cemitério é aquilo agora, e ali, nas sombras, quando o dia tem morto, a alma minha por sua ausência chora...
– Federico Barreto
Traduzido e adaptado por Pablo Alejos Flores

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